Um ambiente de trabalho saudável vai muito além de um bom salário e benefícios tradicionais. Hoje, o verdadeiro diferencial competitivo está na capacidade da empresa de cuidar da vida pessoal e familiar de seus colaboradores — e os dados comprovam isso. De acordo com a Pesquisa FIA – Lugares Incríveis para Trabalhar 2024, 31% das empresas ainda não oferecem qualquer tipo de prática formal para promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
O levantamento, que ouviu 318 organizações de todos os portes e setores, revela uma lacuna preocupante em um momento em que o discurso sobre saúde mental, diversidade, inclusão e bem-estar está cada vez mais presente nas estratégias corporativas.
“Os resultados mostram que ainda há muito espaço para evoluir. As empresas que realmente se preocupam com o bem-estar do colaborador — e não só com a performance — são as que se destacam, crescem de forma sustentável e criam culturas mais humanas”, afirma Lina Nakata, professora da FIA Business School e uma das responsáveis pela pesquisa.
Entre os dados mais relevantes da pesquisa estão:
31% das empresas não têm políticas formais voltadas ao equilíbrio trabalho-família;
Apenas 18% oferecem aconselhamento e suporte para planejamento familiar;
Só 11% têm instalações para atendimento e cuidados com os filhos;
E apenas 23% das empresas ampliaram a licença-paternidade para 20 dias ou mais, bem acima dos 5 dias previstos pela CLT.
Ou seja: embora haja avanços, ainda são poucas as organizações que enxergam o cuidado com a vida pessoal como parte estratégica da gestão de pessoas.
Segundo especialistas da FIA, colaboradores felizes e apoiados produzem mais, têm menos afastamentos, permanecem mais tempo nas empresas e contribuem com ideias mais inovadoras. Isso porque o bem-estar familiar impacta diretamente no clima organizacional e no engajamento da equipe.
“Cuidar de pessoas é cuidar do negócio. Uma empresa que apoia pais e mães, que oferece flexibilidade e que respeita a jornada de vida de cada colaborador, cria vínculos mais fortes, retém talentos e atrai os melhores profissionais do mercado”, reforça Nakata.
Além disso, as companhias que promovem esse tipo de cuidado tendem a ter uma marca empregadora mais forte. Em um mundo onde a reputação nas redes sociais e plataformas como Glassdoor e LinkedIn influencia diretamente o recrutamento, ser reconhecida como uma empresa que valoriza a vida além do crachá é um ativo estratégico.
É importante destacar que não basta ter políticas no papel. Para conquistar, engajar e manter os melhores talentos, é preciso criar uma cultura de escuta ativa, acolhimento real e ações consistentes.
Isso significa, por exemplo:
Flexibilidade de horários para acompanhar filhos em consultas médicas ou compromissos escolares;
Espaços de cuidado infantil ou parcerias com creches;
Apoio psicológico para mães e pais em fase de adaptação pós-licença;
Educação corporativa que incentive gestores a respeitar os limites da vida pessoal dos colaboradores;
Licenças parentais estendidas e igualitárias, tanto para homens quanto para mulheres.
A Pesquisa FIA – Lugares Incríveis para Trabalhar é considerada uma das mais respeitadas do país por utilizar a metodologia FEEX, criada na década de 1980 por professores da FEA-USP, com validação científica e foco em clima organizacional, cultura de liderança e gestão de pessoas.
Empresas que participam da pesquisa ganham mais do que um selo: ganham dados estratégicos para evoluir suas práticas internas e posicionar-se como referência no mercado de trabalho.
Com mais de 2,5 mil empresas já reconhecidas, o programa também oferece consultorias, workshops e formações exclusivas para gestores e RHs, ajudando companhias a se tornarem verdadeiros ímãs de talentos.
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Comece pelo essencial: escute seus colaboradores, revise suas práticas, promova o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e transforme cultura em ação.